quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

OS SEGREDOS DO ESPIRITISMO OU A COMUNICAÇÃO COM O ALÉM


FONTE:     http://www.maria-medium-numerologa.com/newsletter.html#     

 Se pudéssemos entrar em contato com uma pessoa desaparecida, o que ela nos diria? Se pudéssemos falar com alguém que viveu há 200 anos, o que pediríamos?

Provavelmente, cada um de nós já fez estas perguntas, em um momento ou outro. E alguns afirmam que as respostas encontram-se na prática do espiritismo, ou na comunicação com os espíritos.


O que é o espiritismo?

O espiritismo é uma crença, uma doutrina e uma filosofia. Apoia a existência de seres invisíveis e intangíveis, denominados espíritos. Os que aderem a esta crença (os «espíritas») tentam entrar em contato com os espíritos - geralmente, pessoas que morreram recentemente, mas não é só isso.

Estes contatos são estabelecidos por vários motivos: para conhecer o futuro, para influenciar os acontecimentos futuros ou obter alguma informação.

É graças à intervenção de pessoas com dons especiais - os «médiuns» - que esses contatos são possíveis. Muitas vezes, as «sessões de espiritismo» são realizadas em torno de uma mesa, onde o médium e os participantes se reúnem para tentar se comunicar com o mundo espiritual.

Espiritismo e espiritualismo - dois conceitos que não devem ser confundidos

A noção de espiritismo deve ser diferenciada da de «espiritualismo».

espiritualismo afirma a existência do espírito, que precede e está acima da matéria. Em outras palavras, nós somos muito mais do que matéria. Esta doutrina opõe-se ao «materialismo» que diz que nós somos matéria, e que tudo em nossa vida (incluindo as emoções, o nosso comportamento) existe apenas devido à matéria.

O espiritualismo nos ensina a não limitarmos a nossa visão à simples matéria.

Porém, o espiritismo vai muito mais longe. Este afirma a existência de espíritos no «além», um verdadeiro «mundo espiritual». Para os seguidores do espiritismo, a interação do nosso mundo com o além e a comunicação com os espíritos são fatos inegáveis.  


Um pouco de história...

Tudo começou com «mesas girantes»


Em 31 de março de 1848, na cidade de Hydesville nos Estados Unidos, ocorreram eventos inexplicáveis em uma casa onde viviam três irmãs. As irmãs Fox ouviam barulhos e batidas, que foram logo atribuídos a uma pessoa desaparecida, um comerciante.

As três irmãs entraram em diálogo com esse espírito, usando um sistema de correspondência entre as palavras e os sons: cada letra do alfabeto correspondia a um determinado número de batidas e, dessa forma, as letras iam formando palavras. Desse modo, as irmãs desenvolveram o primeiro método de comunicação entre os dois mundos.

Estes acontecimentos foram se multiplicando e nasceu uma verdadeira tendência a tentar comunicar-se com o além. Foi, sobretudo, o método das «mesas girantes» que teve mais seguidores: os participantes davam-se as mãos ao redor de uma mesa, que começava a se mover ou produzir ruídos sob a ação do espírito invocado. Esta «moda» propagou-se rapidamente na Europa.

Era o início do movimento espírita que começou a intrigar cada vez mais os pesquisadores científicos.
Em 1854, o educador francês Hippolyte Léon Rivail - que mais tarde levaria o nome de Allan Kardec - começou a ter interesse pelo fenômeno.


Allan Kardec, o «pai» do espiritismo

Este professor, nascido em Lyon e um entusiasta das ciências sociais, realizou uma investigação aprofundada sobre o fenômeno das mesas girantes.

Seu espírito científico encontrou as primeiras explicações. Esse fato estava relacionado ao magnetismo: o fluido magnético era reconhecido como um fenômeno bem real (como a eletricidade), podendo agir sobre os objetos inanimados e movê-los.

Porém, daí a acreditar que as mesas poderiam falar e transmitir uma mensagem vinda dos espíritos, o caminho ainda era longo. O espírito crítico do professor Kardec não estava disposto a apoiar essas teorias.

Allan Kardec levou, portanto, a sua investigação ainda mais longe. Assistiu a vários experimentos, ao lado de outros conceituados cientistas. Pouco a pouco, esse fenômeno foi ganhando contornos mais claros.



As conclusões de Allan Kardec

Aqui está uma das suas primeiras observações: os espíritos, ou seja, as almas dos homens e das mulheres que desapareceram do nosso mundo, não têm a plena sabedoria nem o conhecimento absoluto. Seu conhecimento está limitado ao seu nível de desenvolvimento. Como as pessoas vivas, a opinião de um espírito possui o único valor de uma opinião pessoal.

Os espíritos não eram infalíveis nem «todo poderosos». Esta primeira conclusão foi importante, porque evitava a alienação e os excessos. Não havia nenhuma razão para «idolatrar» os espíritos.


Esta foi a segunda conclusão encontrada por Allan Kardec: além das mensagens recebidas dos espíritos, o importante é que esta comunicação prova a existência de um mundo invisível, mas muito real, um mundo além do nosso.

Como resultado dessas revelações, a tendência ao espiritismo cresceu consideravelmente.

As sessões de espiritismo se espalharam por todo o mundo, na Europa e outros lugares. Cada vez mais cientistas participavam, contribuindo para torná-las credíveis.

Pouco a pouco, as perguntas feitas e as respostas obtidas foram constituindo uma verdadeira doutrina.

Allan Kardec teve depois a ideia de sintetizar este ensinamento e de codificar a doutrina do espiritismo. Foi quando surgiu a sua obra «O Livro dos Espíritos».

Daí em diante, ele foi reconhecido em todo o mundo como o «codificador do espiritismo».

Parece que mais de 10 médiuns participaram na elaboração deste livro que estabelece as bases do espiritismo. O papel destes médiuns era comparar as respostas obtidas durante as «sessões» e diversificar as conclusões.

Allan Kardec tinha a ambição de revelar a todos a existência desse mundo invisível - através deste livro - e, dessa forma, trazer uma nova luz e dar um sentido à nossa vida e à missão que temos para cumprir na Terra.

Segundo esta doutrina, a nossa responsabilidade como seres humanos é incentivar a evolução de todos e cada um, sem exceção, para que toda a humanidade evolua e seja aperfeiçoada.

O espiritismo foi definindo-se cada vez mais como uma ciência: a ciência que demonstra a existência da alma imortal. A reencarnação da alma faz parte dessa crença.

Em todos os seus livros, Kardec afirma que o espiritismo não é uma religião, mas uma ciência.

«A verdade é a característica essencial de qualquer revelação científica», diz ele.

Ao longo da história, estas revelações científicas foram se encadeando: a astronomia revelou a verdade sobre o mundo dos astros, a geologia sobre a formação da terra, a química sobre a composição das substâncias, e a medicina sobre as funções do corpo.

Da mesma forma, hoje o espiritismo revela, segundo Kardec, o mundo espiritual. Trata-se, portanto, de uma verdadeira revelação no sentido científico da palavra.


Os ensinamentos do espiritismo

O lema do espiritismo, inscrito sobre o túmulo de Allan Kardec (no cemitério de Père Lachaise em Paris) é o seguinte:

«Nascer, morrer, renascer ainda e progredir continuamente, esta é a Lei».

De acordo com os espíritas, o ser humano é composto pelos seguintes elementos:

1. A matéria orgânica: os ossos, os músculos, o sangue, etc. Isto constitui o corpo físico.

2. A personalidade, a consciência, a inteligência, a vontade, etc. Isto constitui o espírito.

3. A energia que atua no corpo, músculos, etc., e que determina o estado de saúde do corpo e o seu vigor. Isto constitui o que se denomina «o perispírito».

O espiritismo afirma que Deus criou o homem sob a forma de espírito.

Como espírito, cada um de nós destina-se a evoluir, progredir, aproximar-se cada vez mais da perfeição. Recebemos o dom do «livre-arbítrio», que implica direitos e responsabilidades, e Deus faz-nos uma única recomendação: amar o nosso semelhante e fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem.  

O egoísmo é o pior caminho que uma alma pode seguir. Somente a generosidade e o amor para com o nosso próximo podem fazer-nos progredir e cumprir a nossa «missão» de evolução.

Com base nesta recomendação, todos são livres para fazer as suas escolhas.


O espiritismo e a reencarnação

Ainda de acordo com os espíritas, para evoluir nesta missão, os espíritos encarnam: eles vêm ao mundo na forma de corpo, e durante o seu tempo de vida humana, espera-se que continuem na sua missão de evolução, aperfeiçoamento e reparação de eventuais erros.

Temporariamente revestida da forma carnal, a alma se beneficia das condições necessárias para se purificar e iluminar.

Por isso, cada um de nós é um espírito encarnado na Terra.

No momento do nascimento, as memórias das vidas passadas são apagadas; esta amnésia temporária no início de uma vida permite que os espíritos vivam e ajam espontaneamente, sem estar condicionados, e sem o peso das memórias anteriores.

As diferentes reencarnações corporais do espírito são sempre progressivas, nunca regressivas.

Isso significa que a alma humana está em constante evolução. Porém, a rapidez do seu progresso depende dos esforços do espírito para alcançar a perfeição.

A vida na terra é como uma escola, onde os alunos nunca regridem, mas onde todos progridem ao seu próprio ritmo. Às vezes, os alunos precisam de aulas extras até que entendam bem o que está sendo ensinado.

Todos temos várias vidas, mas cada reencarnação apaga as memórias da anterior. O principal objetivo da reencarnação é obter o aperfeiçoamento em nível individual, mas nosso objetivo final é contribuir para a melhoria progressiva da humanidade.


Os espíritos que se comunicam conosco

Após a morte, cada espírito ocupa uma posição diferente no mundo espiritual, dependendo do estágio de evolução alcançado, e de acordo com os seus méritos pessoais.

Os espíritos desencarnados podem comunicar-se com a humanidade. Porém, devemos receber as suas mensagens com discernimento.

De fato, de acordo com os espíritas, a morte de uma pessoa não a faz melhor ou pior do que antes da sua morte. Ela continua com o seu caráter, defeitos e qualidades que possuía durante a sua vida. Portanto, as suas reações e atitude dependerão da sua personalidade e do seu grau de evolução.

Dessa forma, poderemos encontrar:

  •     «Espíritos imperfeitos»

Estes continuam muito apegados ao mundo material, apesar de o terem deixado; são dominados pelas suas paixões. Eles podem ter comentários arrogantes ou até mesmo maliciosos. O fato de terem perdido os benefícios da vida na terra e os privilégios que tinham representa para eles uma fonte de frustração que, muitas vezes, é expressa em um círculo de «espíritas» (participantes em uma sessão de espiritismo).

Esses espíritos podem manifestar-se de várias maneiras:

- Os espíritos «impuros» têm um mau comportamento e podem tentar enganar quem entra em contato com eles.

- Os espíritos «de luz» só procuram se divertir à custa de um grupo de espíritas.

- Os espíritos «neutros» são inofensivos, mas, às vezes, pensam que ainda estão vivos e são obcecados pela sua vida anterior.

- Os espíritos «perturbadores» têm um comportamento extravagante e nunca deixam mensagens positivas.


  •     Os «bons espíritos»

Estes espíritos conservam muito pouco dos hábitos terrestres e voltam-se para o mundo espiritual. Sua evolução já está bem avançada, e possuem um grande entendimento da missão espiritual que é concedida aos homens, bem como da natureza divina de todas as coisas.

Seu contato é benéfico, e opõem-se à má influência exercida pelos espíritos impuros.

Podem tornar-se protetores dos seus familiares na Terra, ou até mesmo proteger um grupo que procura estabelecer contato com eles. Eles podem anunciar qualidades espirituais elevadas tais como a sabedoria, a generosidade, a paz interior, e defender um nível elevado de valores morais e intelectuais.

  •     Os «espíritos puros»

Estes espíritos estão completamente desligados da vida na terra e da matéria. Graças aos seus méritos e esforços para evoluir, conseguiram alcançar esferas elevadas e não têm mais necessidade de encarnar.

Eles ainda poderão fazê-lo, mas, neste caso, o seu gesto representa um sacrifício que querem cumprir de livre vontade. De alguma forma, eles realizam uma missão generosa em benefício da humanidade. Estes espíritos estão presentes na tradição popular sob o nome de anjos ou arcanjos.


O segredo para comunicar-se com os espíritos

De acordo com os espíritas, estamos todos destinados a evoluir constantemente, à procura do nosso desenvolvimento espiritual.

Para isso, o segredo é controlar a nossa «programação mental», ou seja, os nossos pensamentos. Quando os nossos pensamentos são positivos e equilibrados, podemos obter naturalmente harmonia e felicidade. A força positiva e o trabalho mental estão na base da transformação pessoal que cada um de nós é capaz de obter.

A comunicação com os espíritos desencarnados não passa de uma ferramenta complementar para guiar-nos nesse caminho. E quando os nossos pensamentos são equilibrados, podemos entrar em contato com os espíritos positivos e benévolos. Porque, de acordo com os espíritas, atraímos os espíritos que têm afinidades conosco.


Os meios de comunicação com os espíritos

Há tantas maneiras como manifestações para comunicar-se com os espíritos. Porém, em todos os casos, o contato com os espíritos requer sempre a presença de um médium, que vai servir de «canal de comunicação» entre este mundo e o outro.

Desde sempre, as pessoas querem saber o que acontece após a morte. E, desde sempre, muitas vezes, quem recorre a um médium o faz após a morte de um ente querido. Querem saber o que aconteceu com essa pessoa depois da sua morte. Procuram, sobretudo, ser reconfortadas junto dos médiuns que lhes entregam as mensagens. A prova da existência de uma vida após a morte pode aliviá-las o sofrimento.

Uma coisa é certa (e todos os espíritas concordam), esta não é uma prática a ser feita com leviandade. Você nunca deverá tentar experiências de espiritismo simplesmente por curiosidade e, sobretudo, sem uma sólida preparação teórica e mental, com a ajuda de alguém bem informado.

A escrita automática é uma das técnicas mais comuns para entrar em contato com os espíritos. É um tipo de escrita «inconsciente» usando uma folha de papel e uma caneta. O médium que está em contato com um espírito tem uma caneta na mão, e é guiado pelos movimentos inconscientes do braço. As mensagens vão aparecendo em forma de desenhos ou textos.


Os tabuleiros «Ouija» representam outra técnica: os participantes se reúnem em torno de uma mesa. Eles colocam nela uma tábua que tem as letras do alfabeto e os números, bem como as palavras «sim», «não» e «adeus». Um pequeno triângulo de madeira (ou um copo virado) com o nome «indicador» é depois colocado em cima do tabuleiro.

Durante a «sessão», todos os participantes aproximam o dedo do copo). Depois, este vai se movendo sob o efeito da energia do espírito invocado, de uma letra para outra, para formar palavras e dar respostas às perguntas realizadas.

As mesas girantes são, de alguma forma, o símbolo da prática do espiritismo: os participantes se reúnem em torno de uma mesa de madeira. Os espíritos invocados provocam uma espécie de batidas (barulhos mais ou menos intensos) na mesa, que estão associadas a respostas (sim, não, etc.). Porém, esta técnica é arcaica e considerada pouco satisfatória. Hoje, em grande parte, foi abandonada.


Conclusão:

É necessário ter discernimento quando nos dedicamos a esta doutrina e às suas práticas. Se devemos reter uma mensagem positiva, seria a da constante evolução humana.

Todo ser humano tem como missão evoluir, elevar-se para um plano espiritual superior. Através das suas ações generosas, o ser humano rejeita o egoísmo e eleva-se para a solidariedade e o amor ao próximo, favorecendo a evolução da alma.

Se, como afirmam os espíritas, vivemos em um planeta predestinado à «regeneração», nos anos e séculos vindouros a Terra e a humanidade se elevarão para planos cada vez mais altos, até alcançar a perfeição.

Com toda a minha amizade,