FONTE: http://pedagogiadoser.blogspot.com.br/2013/09/mediunidade.html
“Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é,
por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não
constitui, portanto, um privilégio exclusivo. (...) Pode, pois, dizer-se
que todos são, mais ou menos, médiuns. (Allan Kardec, O Livro dos
Médiuns, capítulo XIV).
Assim, conforme asseverou o Codificador, todos mantemos contato com o
Mundo Espiritual, pois vivemos em incessante intercâmbio com o mesmo.
Desta forma, ao fazermos uma oração recebemos o amparo da
espiritualidade maior, do nosso protetor/mentor espiritual, entramos em
contato com as usinas de força da Vida Maior. Por conseguinte, estamos
exercendo a mediunidade, haja vista que recebemos a influência dos
espíritos superiores. E, pela questão da sintonia vibratória, isso
também vale para os espíritos menos elevados, pois quando alguém tem
pensamentos inferiores, espíritos que se afinam com estes são atraídos.
"O pensamento é o laço que nos une aos Espíritos, e pelo pensamento nós
atraímos os que simpatizam com as nossas idéias e inclinações". Allan
Kardec. Entretanto, usualmente só se chamam de médiuns “aqueles em quem a
faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos
patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização
mais ou menos sensitiva”. (Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, capítulo
IX)
Posto isso, os principais tipos de mediunidade são:
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.dos médiuns sensitivos ou impressionáveis: são pessoas
suscetíveis de sentirem a presença dos espíritos por uma vaga impressão.
Esta faculdade se desenvolve pelo hábito e pode adquirir tal sutileza,
que aquele que a possui reconhece, pela impressão que experimenta, não
só a natureza, boa ou má, do espírito que se aproxima, mas até a sua
individualidade.
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.médiuns psicofônicos: neste tipo o médium serve como um
instrumento pelo qual o espírito se comunica pela fala; assim, há a
acoplação do perispírito do espírito comunicante no perispírito do
médium, permitindo, assim, que o espírito utilize o aparelho fonador do
médium para fazer uso da fala.
.médiuns de cura: Este gênero de mediunidade consiste,
principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples
toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer
medicação. Dir-se-á, sem dúvida, que isso mais não é do que magnetismo.
Evidentemente, o fluido magnético desempenha aí importante papel. Porém,
quem examina cuidadosamente o fenômeno sem dificuldade reconhece que há
mais alguma coisa.
A magnetização ordinária é um verdadeiro tratamento seguido, regular e
metódico. No caso que apreciamos, as coisas se passam de modo
inteiramente diverso. Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a
curar, desde que saibam conduzir-se convenientemente, ao passo que nos
médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem
jamais terem ouvido falar de magnetismo. A intervenção de uma potência
oculta, que é o que constitui a mediunidade, se faz manifesta, em certas
circunstâncias, sobretudo se considerarmos que a maioria das pessoas
que podem, com razão, ser qualificadas de médiuns curadores recorre à
prece, que é uma verdadeira evocação.
.médiuns mecânicos: Quem examinar certos efeitos que se produzem
nos movimentos da mesa, da cesta, ou da prancheta que escreve não poderá
duvidar de uma ação diretamente exercida pelo Espírito sobre esses
objetos. A cesta se agita por vezes com tanta violência, que escapa das
mãos do médium e não raro se dirige a certas pessoas da assistência para
nelas bater. Outras vezes, seus movimentos dão mostra de um sentimento
afetuoso. O mesmo ocorre quando o lápis está colocado na mão do médium;
freqüentemente é atirado longe com força, ou, então, a mão, bem como a
cesta, se agitam convulsivamente e batem na mesa de modo colérico, ainda
quando o médium está possuído da maior calma e se admira de não ser
senhor de si Digamos, de passagem, que tais efeitos demonstram sempre a
presença de Espíritos imperfeitos; os Espíritos superiores são
constantemente calmos, dignos e benévolos; se não são escutados
convenientemente, retiram-se e outros lhes tomam o lugar. Pode, pois, o
Espírito exprimir diretamente suas idéias, quer movimentando um objeto a
que a mão do médium serve de simples ponto de apoio, quer acionando a
própria mão.
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Nesta circunstância, o que caracteriza o fenômeno é que o médium não tem
a menor consciência do que escreve. Quando se dá, no caso, a
inconsciência absoluta; têm-se os médiuns chamados passivos ou
mecânicos. E preciosa esta faculdade, por não permitir dúvida alguma
sobre a independência do pensamento daquele que escreve.
.médiuns intuitivos: 180. A transmissão do pensamento também se
dá por meio do Espírito do médium, ou, melhor, de sua alma, pois que por
este nome designamos o Espírito encarnado. O Espírito livre, neste
caso, não atua sobre a mão, para fazê-la escrever; não a toma, não a
guia. Atua sobre a alma, com a qual se identifica. A alma, sob esse
impulso, dirige a mão e esta dirige o lápis. Notemos aqui uma coisa
importante: é que o Espírito livre não se substitui à alma, visto que
não a pode deslocar. Domina-a, mau grado seu, e lhe imprime a sua
vontade. Em tal circunstância, o papel da alma não é o de inteira
passividade; ela recebe o pensamento do Espírito livre e o transmite.
Nessa situação, o médium tem consciência do que escreve, embora não
exprima o seu próprio pensamento. E o que se chama médium intuitivo.
Mas, sendo assim, dir-se-á, nada prova seja um Espírito estranho quem
escreve e não o do médium. Efetivamente, a distinção é às vezes difícil
de fazer-se, porém, pode acontecer que isso pouca importância apresente.
Todavia, é possível reconhecer-se o pensamento sugerido, por não ser
nunca preconcebido; nasce à medida que a escrita vai sendo traçada e,
amiúde, é contrário à idéia que antecipadamente se formara. Pode mesmo
estar fora dos limites dos conhecimentos e capacidades do médium.
O papel do médium mecânico é o de uma máquina; o médium intuitivo age
como o faria um intérprete. Este, de fato, para transmitir o pensamento,
precisa compreendê-lo, apropriar-se dele, de certo modo, para
traduzi-lo fielmente e, no entanto, esse pensamento não é seu, apenas
lhe atravessa o cérebro. Tal precisamente o papel do médium intuitivo.
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.médiuns inspirados: 182. Todo aquele que, tanto no estado
normal, como no de êxtase, recebe, pelo pensamento, comunicações
estranhas às suas idéias preconcebidas, pode ser incluído na categoria
dos médiuns inspirados. Estes, como se vê, formam uma variedade da
mediunidade intuitiva, com a diferença de que a intervenção de uma força
oculta é aí muito menos sensível, por isso que, ao inspirado, ainda é
mais difícil distinguir o pensamento próprio do que lhe é sugerido. A
espontaneidade é o que, sobretudo, caracteriza o pensamento deste último
gênero. A inspiração nos vem dos Espíritos que nos influenciam para o
bem, ou para o mal, porém, procede, principalmente, dos que querem o
nosso bem e cujos conselhos muito amiúde cometemos o erro de não seguir.
Ela se aplica, em todas as circunstâncias da vida, às resoluções que
devamos tomar. Sob esse aspecto, pode dizer-se que todos são médiuns,
porquanto não há quem não tenha seus Espíritos protetores e familiares, a
se esforçarem por sugerir aos protegidos salutares idéias. Se todos
estivessem bem compenetrados desta verdade, ninguém deixaria de recorrer
com freqüência à inspiração do seu anjo de guarda, nos momentos em que
se não sabe o que dizer, ou fazer. Que cada um, pois, o invoque com
fervor e confiança, em caso de necessidade, e muito freqüentemente se
admirará das idéias que lhe surgem como por encanto, quer se trate de
uma resolução a tomar, quer de alguma coisa a compor. Se nenhuma idéia
surge, é que é preciso esperar. A prova de que a idéia que sobrevém é
estranha à pessoa de quem se trate esta em que, se tal idéia lhe
existira na mente, essa pessoa seria senhora de, a qualquer momento,
utilizá-la e não haveria razão para que ela se não manifestasse à
vontade. Quem não é cego nada mais precisa fazer do que abrir os olhos,
para ver quando quiser. Do mesmo modo, aquele que possui idéias próprias
tem-nas sempre à disposição. Se elas não lhes vêm quando quer, é que
está obrigado a buscá-las algures, que não no seu intimo.
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183. Os homens de gênio, de todas as espécies, artistas, sábios,
literatos, são sem dúvida Espíritos adiantados, capazes de compreender
por si mesmos e de conceber grandes coisas. Ora, precisamente porque os
julgam capazes, é que os Espíritos, quando querem executar certos
trabalhos, lhes sugerem as idéias necessárias e assim é que eles, as
mais das vezes, são médiuns sem o saberem. Têm, no entanto, vaga
intuição de uma assistência estranha, visto que todo aquele que apela
para a inspiração, mais não faz do que uma evocação. Se não esperasse
ser atendido, por que exclamaria, tão freqüentemente: meu bom gênio, vem
em meu auxílio?
As respostas seguintes confirmam esta asserção:
a) Qual a causa primária da inspiração?
"O Espírito que se comunica pelo pensamento."
b) A revelação das grandes coisas não é que constitui o objeto único da inspiração?
"Não, a inspiração se verifica, muitas vezes, com relação às mais comuns
circunstâncias da vida. Por exemplo, queres ir a alguma parte: uma voz
secreta te diz que não o faças, porque correrás perigo; ou, então, te
diz que faças uma coisa em que não pensavas. É a inspiração. Poucas
pessoas há que não tenham sido mais ou menos inspiradas em certos
momentos."
c) Um autor, um pintor, por exemplo, poderiam, nos momentos de inspiração, ser considerados médiuns?
"Sim, porquanto, nesses momentos, a alma se lhes torna mais livre e como
que desprendida da matéria; recobra uma parte das suas faculdades de
Espírito e recebe mais facilmente as comunicações dos outros Espíritos
que a inspiram."
.médiuns de pressentimentos: O pressentimento é uma intuição vaga
das coisas futuras. Algumas pessoas têm essa faculdade mais ou menos
desenvolvida. Pode ser devida a uma espécie de dupla vista, que lhes
permite entrever as conseqüências das coisas atuais e a filiação dos
acontecimentos. Mas, muitas vezes, também é resultado de comunicações
ocultas e, sobretudo neste caso, é que se pode dar aos que dela são
dotados o nome de médiuns de pressentimentos, que constituem uma
variedade dos médiuns inspirados.
"Mediunidade espírita, porém, é a que faculta o intercâmbio consciente,
responsável, entre o mundo físico e o espiritual, facultando a
sublimação das provas pela superação da dor e pela renúncia às paixões,
ao mesmo tempo abrindo à criatura os horizontes luminosos para a
libertação total, mediante o serviço aos companheiros do caminho humano,
gerando amor com os instrumentos da caridade redentora de que ninguém
pode prescindir". Joanna de Ângelis (espírito), livro Oferenda - pág.
130/131 -, psicografado por Divaldo Franco
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Há casos em que o médium psicografa mensagens complexas conversando com
outras pessoas, totalmente distraído do que escreve. Já nos
semimecânicos, a influência da entidade comunicante sobre as faculdades
mediúnicas não é tão intensa, pois a comunicação sofre uma influência do
pensamento do médium. Isso ocorre com a maioria dos médiuns
psicógrafos. Com relação os intuitivos, estes recebem a idéia do
espírito comunicante e a interpretam, desenvolvendo-a com os recursos de
suas próprias possibilidades morais e intelectuais.
“Mediunidade espírita, porém, é a que faculta o intercâmbio consciente,
responsável, entre o mundo físico e o espiritual, facultando a
sublimação das provas pela superação da dor e pela renúncia às paixões,
ao mesmo tempo abrindo à criatura os horizontes luminosos para a
libertação total, mediante o serviço aos companheiros do caminho humano,
gerando amor com os instrumentos da caridade redentora de que ninguém
pode prescindir”. Joanna de Ângelis (espírito), livro Oferenda – pág.
130/131 -, psicografado por Divaldo Franco
Fonte: O Espiritismo