FONTE:http://sarannoticias.blogspot.com.br/2015/06/no-dia-02-de-novembro-de-1942-ataque.html
No dia 2 de junho de 1942:Ataque à Navio brasileiro
O cargueiro Gonçalves Dias, da frota do Lloyd Brasileiro, foi atacado no Mar das Antilhas, ao sul do Haiti, quando seguia viagem para Nova Orleans.
Seis tripulantes morreram — dois em consequência do impacto dos torpedos, e quatro afogados.
Os 45 sobreviventes ficaram 20 horas no mar, em dois botes salva-vidas, até que foram resgatados por um navio da marinha americana e levados para o porto de Key West. Seis pessoas, incluindo o comandante do Gonçalves Dias, João Batista Gomes Figueiredo, ficaram feridos no ataque.
Figueiredo informou que o submarino que torpedeou o navio era semelhante aos fabricados pela Itália. O comandante contou também que o submarino emergiu poucos minutos depois de atingir o navio brasileiro e os seus tripulantes riram ao ver os marinheiros brasileiros se debatendo no mar.
O Gonçalves Dias pesava 4.996 toneladas, tinha 110 metros de comprimento e navegava a uma velocidade de 13 milhaspor hora. Com o ataque, elevou-se para sete o número de navios torpedeados por submarinos do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) durante a Segunda Guerra.
Os torpedos lançados pelos submarinos do Eixo contra navios brasileiros causaram a morte de 1.081 pessoas, quase o dobro do número de soldados brasileiros (551) mortos nos campos de batalha na Segunda Guerra.
Os submarinos alemães torpedearam 34 navios brasileiros.
Só de fevereiro a agosto de 1942, 19 embarcações foram afundadas na costa brasileira, causando a morte de 742 pessoas.
Quase todos os navios afundados pertenciam à frota mercante.
Devido aos ataques o Brasil declarou guerra à Alemanha em agosto de 1942, e os ataques não cessaram.
O último ocorreu em julho de 1944 e afundou a corveta Vital de Oliveira. Das 275 pessoas que compunham sua tripulação, 99 morreram.
O Vital de Oliveira seguia em direção ao Rio de Janeiro, após fazer escalas em cidades do litoral do Nordeste e em Vitória.
O pesqueiro Shangri-lá foi torpedeado em julho de 1943 e todos os 10 tripulantes do barco morreram.
Os ataques provocaram pânico em cidades do litoral brasileiro.
Nessa época a navegação de cabotagem era o principal meio de locomoção e transporte entre cidades costeiras, principalmente no Nordeste.
Os alemãs atacavam os navios para impedir que as matérias-primas transportadas pelos brasileiros chegassem às mãos dos aliados.
Submarino provoca terror
Um único submarino alemão, o U-507, comandado pelo capitão Harro Schacht, destruiu três navios brasileiros e matou um total de 551 pessoas.
O U-507 foi destroçado por um avião da marinha norte-americana na Bahia de Todos os Santos.
A notícia dos ataques contra navios brasileiros motivou reações violentas por parte da população, que se voltou contra os imigrantes alemães, italianos e japoneses. Em muitas cidades do país ocorreram depredações de estabelecimentos comerciais pertencentes a esses imigrantes, e até tentativas de linchamento.
O Brasil na Mira de Hitler, do jornalista Roberto Sander, é o primeiro livro a ocupar-se inteiramente dos ataques de submarinos alemães contra navios brasileiros durante a II Guerra Mundial.
Ele narra em detalhes a ofensiva naval alemã contra um Brasil ainda neutro na guerra – ofensiva que continuaria até quase o fim da guerra na Europa.
Entre 1941 e 1944, os submarinos torpedearam fatalmente navios mercantes brasileiros.
Até que Sander se interessasse por eles, os detalhes dos sangrentos episódios eram desconhecidos do grande público.
Quando o alinhamento com os aliados se tornou inevitável, o Brasil passou a ser visto como inimigo pelos alemães.
O Nordeste, situado na cintura do Atlântico, era uma base de apoio fundamental para os aliados atingirem o continente africano e também uma porta de entrada para os nazistas quando fosse conveniente e possível invadir as Américas.
Cerca de 150.000 alemães moravam no Brasil e, como em toda parte, alguns poucos atuaram como espiões.
Até o fim da guerra foram presos 100 deles.
Eficientes espiões, eles informaram com precisão o destino e a carga de cada embarcação que saía do Brasil, facilitando o trabalho dos submarinos.
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