quinta-feira, 4 de junho de 2015

No dia 2 de junho de 1942: Ataque à Navio brasileiro

FONTE:http://sarannoticias.blogspot.com.br/2015/06/no-dia-02-de-novembro-de-1942-ataque.html


 

No dia 2 de junho de 1942:Ataque à  Navio brasileiro

Um dos submarinos da frota de Hitler: 34 navios brasileiros torpedeados na II Guerra


O cargueiro Gonçalves Dias, da frota do Lloyd Brasileiro, foi atacado no Mar das Antilhas, ao sul do Haiti, quando seguia viagem para Nova Orleans. 

Seis tripulantes morreram — dois em consequência do impacto dos torpedos, e quatro afogados. 

Os 45 sobreviventes ficaram 20 horas no mar, em dois botes salva-vidas, até que foram resgatados por um navio da marinha americana e levados para o porto de Key West. Seis pessoas, incluindo o comandante do Gonçalves Dias, João Batista Gomes Figueiredo, ficaram feridos no ataque. 

Figueiredo informou que o submarino que torpedeou o navio era semelhante aos fabricados pela Itália. O comandante contou também que o submarino emergiu poucos minutos depois de atingir o navio brasileiro e os seus tripulantes riram ao ver os marinheiros brasileiros se debatendo no mar.

O Gonçalves Dias pesava 4.996 toneladas, tinha 110 metros de comprimento e navegava a uma velocidade de 13 milhaspor hora. Com o ataque, elevou-se para sete o número de navios torpedeados por submarinos do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) durante a Segunda Guerra. 

Os torpedos lançados pelos submarinos do Eixo contra navios brasileiros causaram a morte de 1.081 pessoas, quase o dobro do número de soldados brasileiros (551) mortos nos campos de batalha na Segunda Guerra.


Os submarinos alemães torpedearam 34 navios brasileiros.

 Só de fevereiro a agosto de 1942, 19 embarcações foram afundadas na costa brasileira, causando a morte de 742 pessoas. 

Quase todos os navios afundados pertenciam à frota mercante. 

Devido aos ataques o Brasil declarou guerra à Alemanha em agosto de 1942, e os ataques não cessaram. 

O último ocorreu em julho de 1944 e afundou a corveta Vital de Oliveira. Das 275 pessoas que compunham sua tripulação, 99 morreram. 

O Vital de Oliveira seguia em direção ao Rio de Janeiro, após fazer escalas em cidades do litoral do Nordeste e em Vitória. 

O pesqueiro Shangri-lá foi torpedeado em julho de 1943 e todos os 10 tripulantes do barco morreram.

Os ataques provocaram pânico em cidades do litoral brasileiro. 

Nessa época a navegação de cabotagem era o principal meio de locomoção e transporte entre cidades costeiras, principalmente no Nordeste. 

Os alemãs atacavam os navios para impedir que as matérias-primas transportadas pelos brasileiros chegassem às mãos dos aliados. 
Submarino provoca terror

Um único submarino alemão, o U-507, comandado pelo capitão Harro Schacht, destruiu três navios brasileiros e matou um total de 551 pessoas. 

O U-507 foi destroçado por um avião da marinha norte-americana na Bahia de Todos os Santos. 

A notícia dos ataques contra navios brasileiros motivou reações violentas por parte da população, que se voltou contra os imigrantes alemães, italianos e japoneses. Em muitas cidades do país ocorreram depredações de estabelecimentos comerciais pertencentes a esses imigrantes, e até tentativas de linchamento.

O Brasil na Mira de Hitler, do jornalista Roberto Sander, é o primeiro livro a ocupar-se inteiramente dos ataques de submarinos alemães contra navios brasileiros durante a II Guerra Mundial. 

Ele narra em detalhes a ofensiva naval alemã contra um Brasil ainda neutro na guerra – ofensiva que continuaria até quase o fim da guerra na Europa. 

Entre 1941 e 1944, os submarinos torpedearam fatalmente  navios mercantes brasileiros.

Até que Sander se interessasse por eles, os detalhes dos sangrentos episódios eram desconhecidos do grande público.
Divulgação Objetiva 
Militares cuidam da segurança de navio mercante e a última imagem do Baependi: perigo no mar
Divulgação

Quando o alinhamento com os aliados se tornou inevitável, o Brasil passou a ser visto como inimigo pelos alemães. 

O Nordeste, situado na cintura do Atlântico, era uma base de apoio fundamental para os aliados atingirem o continente africano e também uma porta de entrada para os nazistas quando fosse conveniente e possível invadir as Américas. 

Cerca de 150.000 alemães moravam no Brasil e, como em toda parte, alguns poucos atuaram como espiões. 

Até o fim da guerra foram presos 100 deles. 

Eficientes espiões, eles informaram com precisão o destino e a carga de cada embarcação que saía do Brasil, facilitando o trabalho dos submarinos.
                                                        

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