domingo, 1 de janeiro de 2012

PEDRO SIQUEIRA- VIDENTE , VÊ E RECEBE MENSAGENS


Advogado carioca que vê e recebe mensagens

 de Nossa Senhora



À primeira vista, o carioca Pedro Siqueira, 39 anos, é um cara normal.
 Torcedor (roxo) do Fluminense, formado pela PUC do Rio, 
dá expediente todos os dias na Advocacia Geral da União e
 ministra aulas de Direitos Administrativo e Processual Civil.
 Casado com outra advogada, Natália, espera o primeiro filho,
 mora em Botafogo, gosta de viajar e pratica jiu-jítsu nas
 horas vagas.

Tudo bem trivial não fosse Pedro o maior fenômeno da Igreja
 Católica que o Rio já conheceu nos últimos tempos. Há 15 anos
vem lotando igrejas, — primeiro a Santa Mônica, no Leblon, hoje
 a Nossa Senhora da Imaculada Conceição, na Gávea — todas as
 últimas terças-feiras do mês, com seu grupo de oração do Terço,
 em que ora, lê passagens da Bíblia, canta, toca violão e
transmite cerca de 10 mensagens de santos, anjos e mortos,
 os quais, conta, vê e escuta desde criança.

Quando começaram as suas visões?

Minha mãe relata que a primeira vez que ela viu que havia algo
 de diferente foi quando eu, bebê, morri nos braços dela.
 Ela correu para chamar uma vizinha, me levou ao hospital e,
 de repente, eu ressuscitei. Lá em casa, as janelas batiam,
 a cama balançava, as coisas mexiam. Daí comecei a ter as visões,
 as audições e as coisas que falam dentro do meu peito.
 Às vezes, coisas muito ruins.

Esses fenômenos ainda continuam?


Teve um dia que começaram a aparecer tufos de cabelo pelo chão da
 casa; em outro, no banheiro social, as paredes apareceram cheias
 de fezes de morcego. Mas, no geral, não acontecem. De vez 
em quando, aparecem pessoas no Terço dizendo que estão possuídas,
 mas não estão.

Os médicos descartaram qualquer possibilidade de um caso clínico?

Tudo: neurologista, psicólogos, psiquiatras. Disseram que não havia 
nada clinicamente, que eu era uma pessoa normal, que não precisava
 de remédios. Era atleta, competia na natação. Minha mãe, então,
pensou: ‘vou ter que colocar um cabresto nesse menino’ 
e me proibia de falar, para me proteger. Se meu filho também 
tiver o dom, eu agiria diferente.

Como era na escola?

Eu ficava na minha, porque tinha que me enturmar. Naquela época,
 o Santo Agostinho era só de meninos. Dentro da medida, eu tive
 uma vida normal, fora as visões. Saía, namorava, ia a matinês,
 mas sempre gostei mais dos esportes.

Você também vê mortos, mas a fé católica, de certa forma, proíbe 
a comunicação com eles.

No episódio da Transfiguração, Jesus se comunica com Moisés, e
 os apóstolos também o veem. Não existe nenhum dogma que proíba isso.
 O Padre Pio, que foi santificado pelo Papa João Paulo II, conversava
 com almas do Purgatório, por exemplo. Sou muito devoto dele.

Alguém na Igreja já lhe disse para parar?

Para parar não, mas, às vezes, vinha um padre pedindo que eu
 não desse as mensagens, que eu não falasse de cura, acho que
 por medo de algo que não está sob controle. Mas isso não está
 no controle de ninguém, nem do meu. Por uma política de boa
 vizinhança, eu não faço muita coisa que poderia fazer.
 Mas a Bíblia tem uma coisa muito interessante que é a
 questão de não chocar seu próximo.

Como reagem as pessoas do seu trabalho, na Advocacia 

Geral da União?

Eu trabalho na Procuradoria Regional. As pessoas no início ficaram
 chocadas, mas hoje se acostumaram, umas me pedem para rezar.

Suas visões o ajudam nos casos judiciais?

Não (risos). Nossa Senhora não me aparece, não se mete nisso.
 Acho que são assuntos muito mundanos para Ela. Com o tempo,
 eu aprendi a controlar o dom; no tribunal, por exemplo, não vejo nada.

Você tem medo de que as pessoas não acreditem em você?

Tem várias pessoas que não acreditam, várias. Até parentes meus, 
que acham uma bobagem. Eu realmente não ligo. Nada acontece por
 acaso; eu tenho uma missão a cumprir. Se Nossa Senhora escolheu
 essa missão para mim, eu faço por Ela, por amor a Ela. Se eu não
 fizesse, eu seria incompleto. Eu não posso me trancar e isolar do 
mundo como eu gostaria e ficar somente vendo e meditando.

E você considera isso um dom ou um fardo?

Todo dom é pesado, porque ele te exige muito. Tem épocas em
 que eu estou mais cansado, que eu não quero ir ao Terço, que 
sinto dores terríveis pelo corpo, pela coluna, pelas pernas, nas
 mãos. No começo, as reuniões eram semanais, agora são 
mensais, por causa do volume de trabalho. Eu sei que algumas
 pessoas vão ao grupo me vendo como uma atração de circo.
 Isso já me incomodou, mas hoje entendo que é um gancho
 que Nossa Senhora usou para divulgar o Terço.

Por que você tem esse dom e não eu, só para dar um exemplo?

Também gostaria de saber, mas todo dom passa pela individualidade.
 Na verdade,eu sou um homem das cavernas. Sou um cara cheio
 de manias, sou travado, não sou moderno, gosto de futebol, de 
lutar, não gosto de publicidade nem de aparecer. Mas entendo
 que seja necessário para divulgar o livro, que me foi pedido 
por Nossa Senhora numa peregrinação a Fátima. Eu não
 sou padre, não doutrino ninguém, só quero rezar o Terço.
 A mensagem do livro é que as pessoas têm que recuperar
 sua fé, porque sempre tem um momento na vida em que
 dinheiro e beleza não resolvem nada.

É verdade que o telefone só toca de lá para cá, como disse 

Chico Xavier?

É verdade. Não adianta a pessoa me procurar e pedir para falar com
 alguém. As pessoas precisam aprender a rezar por elas, pelo próximo, 
pelo irmão, pelo mundo e a não precisarem de mim para rezar.
 Eu saio com muitos pedidos de oração, mas seria melhor que
 a própria pessoa fizesse isso.

Você se considera o Chico Xavier dos católicos?

Nunca. Ele era um homem santo, puro, puríssimo.

Você disse que vê também espíritos maus. Quer dizer que 
eles existem?

Vejo, sim, e claro que existem, assim como existem pessoas
 boas e más.

E quanto ao assassinato das crianças de Realengo, que 
chocou o País?

Ele não estava possuído; era uma pessoa doente que não foi tratada.
 Ao que me parece, pela leitura da carta e pelo histórico, ele estava
 em surto. Tenho visto no grupo várias pessoas com problemas psicóticos, esquizofrênicos, depressivos que não são tratadas e atribuem 
seus problemas a uma natureza espiritual. O assassino, sem dúvida,
 terá que cumprir uma pena, mas sua perturbação mental será levada 
em conta. Temos também que orar por ele, 
porque Deus ama todos os Seus filhos.

Como uma mãe de Realengo pode ter fé depois de uma 
tragédia como essa?

Uma tragédia como essa significa que Deus ruiu a casa dela inteira 
para que tudo recomece do zero, com Ele. Porque isso aqui é passagem, 
nós estamos em trânsito. No início pode haver revolta, mas é
 preciso ter fé, porque a verdade está do outro lado.

Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/diversaoetv/html/2011/4
/de_outro_mundo_15699html


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