domingo, 1 de janeiro de 2012

Profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso ‒ Quito, Equador (1)



Há 400 anos Nossa Senhora apareceu a uma religiosa
espanhola no mosteiro das concepcionistas em Quito (Equador),
 e ordenou que se confeccionasse uma imagem sua sob as
invocações do título, profetizou impressionantes
acontecimentos para os séculos futuros, inclusive o nosso.

Nossa Senhora apareceu em 2 de fevereiro de 1610 a
 Madre Mariana de Jesus Torres, espanhola da alta nobreza,
uma das oito fundadoras do mosteiro das concepcionistas
de Quito, para ordenar-lhe a confecção de uma imagem
a Ela dedicada. Estamos, portanto, no ano do IV centenário
dessa aparição.

A milagrosa imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso
venera-se no Monasterio Real de La Limpia Concepción,
em Quito, primeiro convento de monjas contemplativas
da América do Sul, fundado em 1577 sob os auspícios do
 rei de Espanha Filipe II.

Neste artigo serão apresentadas as importantes relações
que a devocão a essa imagem tem com os dias atuais.
 No quadro abaixo, a apreciação de Plinio Corrêa de Oliveira
sobre Ela, a ordem do universo e a civilização cristã.

Histórico das aparições

Situemo-nos no ano de 1556. Matronas da cidade de Quito,
devotas de Maria Imaculada (o dogma só viria a ser
 proclamado em 1854), desejosas de ter em sua
cidade um mosteiro de religiosas
 concepcionistas, pediram a Filipe II a fundação naquela
colônia de um mosteiro consagrado à Imaculada Conceição.

O rei enviou, para atender a tão excelente pedido, um
 grupo de religiosas fundadoras, tendo à testa a
Rvda. Madre Maria de Jesus Talvada, descendente
de nobre e antiga casa da Galícia, e também a
sobrinha desta, a cândida menina Mariana.


Soror Mariana de Jesus Torres

A par de sua candura, era Mariana notável por sua rara formosura
 de alma e de corpo. Grande devota do Santíssimo Sacramento,
dotada do dom da profecia, conheceu as inumeráveis
 dificuldades e sofrimentos pelos quais passariam as
religiosas; e, uma vez fundado o mosteiro, o ódio
e as perseguições do demônio contra a comunidade
ao longo dos séculos.

Teve ainda conhecimento de que o mosteiro duraria até
 o fim do mundo, e que nele haveria sempre uma alma
santa, em todos os tempos. Foi-lhe também revelado que
a Rainha dos Céus comunicar-se-ia com ela por meio de aparições.

A 13 de janeiro de 1577, fundava-se o mosteiro. Mariana
não pôde professar na ocasião, por ter apenas 13 anos.
 Iniciou seu noviciado e professou aos 15, com o nome de
 Mariana de Jesus.

A vida de Madre Mariana de Jesus Torres é um portento
 de santidade. Mantinha profunda intimidade com seu
 anjo da guarda, e sua devoção dominante era a
Jesus Sacramentado. Êxtases, visões e revelações
alternavam-se com terríveis perseguições, não só
do demônio como também de religiosas relapsas.

Certo dia ocorreu com suas irmãs de hábito algo muito
 grave. Madre Mariana sofreu em silêncio e
recorreu a Nosso Senhor, comunicando-Lhe
seus tormentos. O Divino Redentor apareceu-lhe e disse:

— Quando te desposei, experimentei com cuidado 
tua vontade.

— Senhor — respondeuMadre Mariana — minha vontade 
está pronta, mas a carne é fraca.

Ao que Nosso Senhor acrescentou:

— Não te faltará fortaleza, assim como não falta nada

à alma que Me pede.

Nesse momento, viu ela Jesus Cristo no Gólgota, 
quando Ele começava a agonizar. Aterrorizada,exclamou: 
“Senhor, sou eu a culpada, castiga-me e poupa teu povo!”.
Apareceu-lhe
então a Santíssima Virgem, que lhe disse:

“Não és tu a culpada, mas o mundo criminoso.

Estes castigos são para o séc. XX”. Viu então três
espadas, cada uma com uma legenda: Castigarei 
a heresia; Castigarei a blasfêmia; Castigarei a impureza.

A Santíssima Virgem prosseguiu: “Queres, minha filha, 
sacrificar-te por este povo?”.

Madre Mariana respondeu: “Minha vontade está pronta”.

As espadas cravaram-se em seu coração, e ela caiu 
morta pela violência da dor.



Morreu verdadeiramente Madre Mariana, e foi apresentada
ao juízo de Deus: o Padre Eterno regozijou-se por tê-la criado;
o Filho Divino, por tê-la redimido e tomado por esposa;
 e o Espírito Santo, por tê-la santificado.

Estava no Céu a alma de Madre Mariana, enquanto
 na Terra se elevavam orações fervorosas por sua vida.
 Nosso Senhor, querendo atender a essas súplicas,
fez Madre Mariana ver como as orações por sua vida
 subiam ao trono de Deus.

Apresentou-lhe duas coroas — uma de glória imortal,
 e a outra cercada de espinhos — enquanto lhe dizia:
 “Esposa minha, escolhe uma destas coroas”. E a fazia
 entender que, com a coroa de glória, ficaria no Céu, ao
 passo que com a outra voltaria a padecer no mundo.

Madre Mariana pediu que a Divina Majestade escolhesse,
 e não ela. Nosso Senhor respondeu:”Não. Quando te
 tomei por esposa, provei tua vontade, e agora faço o mesmo”.

Madre Mariana teve então conhecimento do futuro do mosteiro,
 das monjas que se salvariam e das que se condenariam;
das imensas calamidades do séc. XX, durante o qual
choveria fogo do Céu, consumindo os homens e purificando
 a Terra; das almas daquele mosteiro, as quais, por sua
 santidade, aplacariam a cólera divina.

Voltou-se então para Nossa Senhora e pediu que Ela
mesma governasse o mosteiro; e aceitou retornar
à Terra, tendo então escolhido, humilde e resignada,
 a coroa de espinhos. Regressava à vida, com seus
 20 anos de idade.

Continua no próximo post

Fonte: http://aparicaodelasalette.blogspot.com/

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