quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O 2012 E AS PROFECIAS BÍBLICAS

É lógico pensar que a data de 2012 tenha relação com as profecias bíblicas? Sim, é natural pensar assim, através de deduções altamente plausíveis e tradicionais.
Quais bases permitem então afirmar que este tipo de ciclo e data estivesse nas considerações dos profetas bíblicos?
Ocorre que os ciclos se organizam muitas vezes em escalas chamadas “fractais”, que são proporções de tempo do tipo 5, 50, 500, 5000..., como observados pelos maias-nahuas (o tema é analisado em nossa obra “A Espiral do Tempo”). Destes, dois deles são claramente referidos no Velho Testamento.
O ciclo de 50 anos corresponde ao jubileu instituído por Moisés, com um sentido muito semelhante ao escatológico “Fogo Novo” de 52 anos dos maias-nahuas. E o ciclo de 500 anos está presente nas considerações do profeta Daniel sobre o “ciclo” do Templo de Jerusalém, cuja reconstrução tardaria “setenta semanas” ou 490 anos (dentro destas referências, cabe lembrar as sete vezes em que o setenário é mencionado no Apocalipse); como de fato este ciclo se repetiria na segunda destruição do Templo na época do Cristo. Se trata do ciclo-fênix dos egípcios, relatado pelo historiador Heródoto, e que qual marca ciclos espirituais das civilizações. Entre os maias-nahuas, o ciclo de 520 anos era observado, e entre os incas o ciclo de 500 anos era chamado o Pachacuti, ou a metade do milênio. O ciclo de 40 (anos) é igualmente marcante na Bíblia, pois encerra 500 lunações, importante no calendário lunar empregado pelos hebreus.
Também em Daniel, temos o relato do sonho de Nabucodonosor, relacionado às quatro Idades do Mundo, as quais possuem divisões tradicionais dentro do ciclo de 5 mil anos.  Esta tradição passou para os gregos através de Hesíodo, embora os registros mais precisos deste ciclo se achem na Índia (se trata aqui da Era solar, e não do Manvantara que possue divisões paralelas) e nas Américas antigas. Na divisão grega, tocava um milênio para cada Idade e mais um de transição, relacionado neste caso ao milenium sagrado da revelação. Na Índia, se observavam quatro divisões de 1250 anos -ver os ciclos espirituais dos Brahma Kumaris, relacionado a sucessivas revelações divinas, que neste caso seriam Krishna, Abrahão, Buda, Maomé e o Kalki Avatar atual. Ciclo este que, no Apocalipse, toma o registro de 1260 “dias”, o qual Joaquim di Fiori buscou aproveitar para elaborar por sua vez o seu próprio “calendário” das revelações divinas.
Ora, se o calendário de Fiori não condorda com o 2012, o calendário hindu faz com bastante exatidão, até porque a data que inicia este ciclo racial na Índia (3113 a.C., morte de Krishna) é bem semelhante à dos maias (3113 a.C.). Dentro das genealogias divinas dos Puranas, três avatares preenchem como vimos os momentos culminantes deste ciclo: Krishna, Buda e Kalki. Ora, este Kalki Avatar em muito se assemelha à imagem do Logos do Apocalipse, com sua espada e cavalo branco, assim como na postura de guerreiro espiritual. Vale remeter da mesma forma, à imagem do deus solar com faca na boca que centraliza a Pedra do Sol asteca, sinalizando o regente deste ciclo de 5 mil anos que encerra em 2012.
Pensamos que tudo isto seja suficiente para imaginar que a data de 2012 esteja realmente relacionada às profecias bíblicas, não obstante se poder acrescentar com o tempo muitos outros detalhes e informações factuais a respeito, a fim de demonstrar de uma forma mais cabal a chegada da mudança dos tempos.

 
Luís A. W. Salvi
Filósofo & escritor
(51) 9861-5178 / (62) 9602-9646

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