DIYARBAKIR, Turquia (Reuters) - Guerrilheiros curdos atacaram um posto militar no sudeste da Turquia durante a noite, incitando confrontos que deixaram 10 militantes e três soldados mortos, informaram fontes de segurança nesta terça-feira.
O ataque fez parte de uma onda de ataques contra as Forças Armadas desde que os rebeldes interromperam um cessar-fogo de 14 meses no começo de junho. Mais de 80 soldados já morreram neste ano, excedendo o número de mortos em 2009.
O aumento na violência tem minado a tentativa do governo do primeiro-ministro Tayyip Erdogan de fomentar os direitos da minoria curda e encerrar o conflito separatista de 26 anos.
Helicópteros militares levaram reforços militares para procurar pelo resto dos rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) que lançaram o ataque no distrito montanhoso de Semdinli, na província de Hakkari próximo à fronteira com o Iraque.
Três soldados também ficaram feridos no confronto.
A operação militar era focada na área próxima à fronteira com o Iraque, que os militantes atravessam com frequência a partir de bases no norte do país para atacar o Exército turco.
Em resposta à onda de ataques, o Exército tem realizado ataques aéreos contra alvos rebeldes no norte do Iraque, onde alguns milhares de guerrilheiros do PKK estão concentrados.
O chefe das Forças Armadas turcas, o general Ilker Basbug, alertou que a presença do PKK no Iraque poderia prejudicar os laços com seu vizinho e com os Estados Unidos se medidas não forem tomadas para conter as atividades dos militantes.
"A hora chegou e está se passando para os responsáveis -- as pessoas, instituições, Estados e formações no norte do Iraque -- para fazer o que é certo", disse ele em entrevista à Star TV.
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