29/08/2010 14h29 - Governo dos EUA decidiu retirar do Iraque as tropas de combate. Reportagens mostram evolução da guerra que durou mais de 7 anos.
Sete anos depois da invasão do Iraque, o governo dos Estados Unidos determinou o retorno das tropas de combate que estava no país até o final de agosto, de acordo com o plano de retirada proposto pelo presidente Barack Obama. Cerca de 50 mil soldados dos EUA devem permanecer no país para tentar manter a estabilidade.
O G1 reuniu as dez principais reportagens produzidas pelo portal a respeito do conflito no Iraque, ajudando a entender melhor o conflito e forma como ele evoluiu ao longo dos mais de 7 anos da guerra. O G1 publica nos próximos dias uma série de reportagens sobre os sete anos de ocupação norte-americana no Iraque. A próxima reportagem será sobre a atuação de ONGs humanitárias que atuam no país.
A guerra do Iraque em reportagens do G1 |
Soldados norte-americanos fazem blitz em rua do distrito de Karada, em Bagdá, em 2006 (Foto: AFP)
Reportagem publicada no G1 emoutubro de 2006, traz uma entrevista com Rory McCarthy, correspondente do jornal britânico "Guardian" em Bagdá logo após a invasão, e autor do livro "Nobody Told Us We Are efeated" (Ninguém nos Falou que Fomos Derrotados). "Já estamos vivendo o início dessa guerra civil. As pessoas estão se matando com base nas suas raízes religiosas: xiitas contra sunitas", disse, então.
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Entrevista com o jornalista Jon Lee Anderson, publicada em setembro de 2006. Autor do livro "A queda de Bagdá", sobre a invasão norte-americana em 2003, Anderson alegava que a guerra havia aumentado o risco de terrorismo no mundo e dizia que os Estados Unidos ainda não podiam sair do país invadido. Segundo ele, o julgamento de Saddam Hussein, que ainda não havia sido realizado, seria apenas um "teatro".
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Reprodução de vídeo da TV que mostra a realidade do Iraque pela internet (Foto: Reprodução)
Reportagem publicada em fevereiro de 2007 apresentava o portal "Alive in Baghdad", que fazia um jornalismo local em Bagdá com olhar iraquiano. Dois correspondentes iraquianos faziam um mini-documentário por semana, tratando o conflito de uma forma bastante diferente da tradicional e enfrentando o desafio de ser jornalista dentro do conflito, com todos os riscos que isso acarreta.
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Vista de Bagdá sob o olhar turístico de Scott Fischer (Foto: Reprodução)
Reportagem publicada em março de 2007 relatava a experiência de Scott Fischer, autor de um guia turístico do Iraque, Irã e Coreia do Norte, então chamados de 'eixo do mal'. Ele foi para Bagdá para fazer estudos no país e procurar as tão faladas armas de destruição em massa. Ele ficou três meses na cidade, mas teve poucas oportunidades de sair às ruas. “Não era seguro. Não podíamos sair da base, ou tínhamos uma séria chance de sermos alvejados por tiros e bombas”, disse
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Reportagem publicada em setembro de 2007, contava a experiência do capelão brasileiro Carlos Tomé da Silva, enviado para atuar junto a tropas britânicas no país. Alvo indireto de mais de 450 foguetes desde que havia chegadu ao Iraque, no final de maio, ele dizia que, mesmo com todos os riscos que enfrentava em Basra, ainda se sentia mais seguro por lá de que em grandes cidades do Brasil.
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Reportagem publicada em julho de 2007 sobre a conquista inédita do futebol iraquiano na Copa da Ásia. Trazia entrevista com o técnico da seleção do país, o brasileiro Jorvan Vieira, que conseguiu fazer com que jogadores esquecessem a rivalidade étnica em nome do esporte.“A situação no país é trágica. Eles têm várias linhas da religião. É um fato memorável poder reunir todas estas três tribos [sunitas, xiitas e curdos], no bom sentido", dizia o brasileiro Jorvan Vieira.
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Reportagem publicada em março de 2007 apresentava a produção de um documentário a favor da invasão do Iraque. Uma entrevista com o produtor de cinema Pat Dollard, que largou o conforto da sua mansão em Beverly Hills e se juntou aos fuzileiros no Iraque. Suas ideias lhe valeram na mídia norte-americana o apelido de “Michael Moore da direita” . "O propósito de uma guerra é alcançar a vitória. Não faz sentido dizer que, se não terminarmos até uma determinada data, vamos desistir", dizia.
Reportagem publicada em março de 2009, quando a invasão americana do Iraque completou seis anos. à época, o presidente Barack Obama já havia definido a retirada das tropas em 2011, mas o conflito não se encerraria de forma tão simples, segundo analistas ouvidos pelo G1. Eles apontavam para um longo período de um Iraque ainda dependente dos EUA.
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