segunda-feira, 24 de maio de 2010

Irã pede apoio de Rússia e México a acordo nuclear


Irã pede apoio de Rússia e México a acordo nuclear

FONTE :http://oglobo.globo.com/mundo



TEERÃ - Dando sinais de que o Irã está disposto a levar adiante o acordo firmado na semana passada com Brasil e Turquia, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, voltou a defender a ofensiva diplomática. Apesar das ameaças de algumas autoridades iranianas - como o presidente do Parlamento,Ali Larijani -, de que o país cancelará o acerto caso seja alvo de novas sanções econômicas, Ahmadinejad pediu, neste domingo, o apoio de Rússia e México ao esquema para a troca de urânio pouco enriquecido por combustível nuclear. Na segunda-feira expira o prazo para que Teerã envie à apreciação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) os termos do acordo.


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O presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, no entanto, reiterou as ameaças de que o país pode cancelar o acordo assumido com Brasil e Turquia caso sofra novas sanções.
- Se os EUA adotarem uma medida aventureira no Conselho de Segurança, o acordo será esvaziado. Se eles realmente buscaram as sanções, ridicularizaram dois países importantes, como Brasil e Turquia - questionou.

O ceticismo quanto ao futuro do acordo - que prevê o envio de 1.200 quilos de urânio enriquecido a 3,5% à Turquia em troca de 120 quilos do material físsil enriquecido a 20% - foi compartilhado também pelo chefe do Comitê de Relações Exteriores do Parlamento de Teerã, Alaeddin Boroujerdi.
- Vamos adotar uma política de esperar para ver. O Irã tomará decisões de acordo com a evolução das coisas - disse ele à agência "Mehr", lembrando que os termos do acordo podem ser aceitos parcial, integralmente ou mesmo rejeitados pela AIEA.
Apesar da maratona diplomática para um desfecho pacífico ao impasse nuclear, o comandante do Exército do Irã, Ahmad Reza Pourdastan, inicia na segunda-feira um treinamento de três dias em Nasr Abad, na província de Isfahan. A operação foi batizada de "Beit-ul-Moqaddas 22", (casa sagrada, numa referência à cidade de Jerusalém). O ministro da Defesa, brigadeiro-general Ahmad Vahidi, classificou ainda de "insensatas" as reações do Ocidente ao acordo de Teerã.


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