Obama apoia resposta dos sul-coreanos por ataque a navio pela Coreia do Norte
Seul interrompeu relações comerciais com Pyongyang e exige 'pedido de desculpas' dos vizinhos
24 de maio de 2010 | 8h 32
fonte:http://www.estadao.com.br/noticias
WASHINGTON - O presidente norte-americano Barack Obama declarou nesta segunda-feira, 24, que "apoia incondicionalmente" uma resposta da Coreia do Sul pelo incidente do navio atacado por um torpedo norte-coreano que resultou na morte de 46 tripulantes.
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Em declaração, a Casa Branca endossou a exigência do presidente Lee Myung-bak para que a Coreia do Norte "imediatamente se desculpe pelo incidente, puna os responsáveis pelo ataque e, principalmente, acabe com o comportamento ameaçador".
Lee afirmou nesta segunda-feira que a Coreia do Sul não tolera mais a "brutalidade" e que "o regime comunista terá que pagar" pelo ataque ao navio. O presidente sul-coreano também anunciou a interrupção das relações comerciais com a Coreia do Norte e o pedido de avaliação do incidente pelo Conselho de Segurança da ONU para possíveis punições.
Em visita a Pequim, Hillary Clinton, secretária do Estado dos EUA, afirmou que a Coreia do Norte deve ser repreendida. Agora ela trabalha para conseguir apoio do governo chinês, este um dos maiores aliados dos norte-coreanos, em ações diplomáticos no episódio do navio atacado.
Na quinta-feira, a Coreia do Norte ameaçou entrar em guerra com os vizinhos do sul caso fosse responsabilizada pelo afundamento do navio da Marinha de Seul. Segundo as autoridades sul-coreanas, as investigações apontam um torpedo norte-coreano como causa da explosão que ocasionou o naufrágio.
Segundo o relatório da perícia realizada pelas autoridades de Seul, o navio Cheonan, de 1.200 toneladas por uma explosão causada por um "torpedo fabricado na Coreia do Norte" e "disparado por um submarino norte-coreano". "As provas mostram, de forma incontestável, que o torpedo foi disparado por um submarino norte-coreano. Não há outra explicação possível", destacou o documento.
O episódio do navio elevou a tensão entre as duas Coreias, tecnicamente em guerra desde 1950, quando começou a Guerra da Coreia. O conflito, que terminou em 1953, nunca foi formalmente encerrado, e os dois lados permanecem apenas em trégua, embora haja atritos frequentemente.
Outra questão que gera impasse é o programa nuclear norte-coreano, considerado uma ameaça pelo sul. Pyongyang se recusa a retornar à mesa de negociações para abandonar os projetos atômicos e diz que só o fará se a Guerra da Coreia for encerrada formalmente.
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