terça-feira, 8 de junho de 2010

Grave equívoco II

Enquanto a imprensa tapuia pensa que Lula cometeu uma gafe, no exterior vários analistas comentam as manobras do Brasil visando o desenvolvimento de suas próprias armas nucleares.
Quando eu disse aqui que imaginava que o Brasil tinha dado uma cartada de mestre no acordo com Turquia e Irã, não podia saber que até especialistas já desconfiam de que o interesse do Brasil é defender seu próprio programa nuclear secreto para obter a bomba através das centrífugas de Aramar - numa triangulação La Paz-Brasília-Teerã. Pois selecionei vários links que leitores me mandaram e os disponibilizo aqui. Enquanto isto, a mídia supostamente oposicionista - mas nada mais que a serviço da tucanalha com o objetivo explícito de achincalhar o governo Lula até mesmo fazendo genuflexão ao Obaminável homem do Quênia, subitamente travestido de grande líder mundial - continua dizendo que tudo não passou de uma gafe. Para mim, isto só confirma que não há oposição real neste país, Lula e FHC, o tucanalha mor, acabaram com ela! Traduzi dois artigos e o resto vai aqui como link para publicações em inglês.
Lula conseguirá a bomba antes de ahmadinejad?John Rosenthal
Weekly Standard, May 19, 2010
Segundo relatos o Departamento de Estado apoiou a visita do Presidente brasileiro, Luiz Ignácio Lula da Silva a Teerã, no último fim de semana. Um funcionário não identificado do Departamento teria dito que a viagem representava "talvez a última tentativa de chegar a um compromisso" no conflito a respeito do programa nuclear do Irã. Mas podemos imaginar de que lado está Lula. E não apenas porque Lula fez uma escala em Moscou antes de ir a Teerã, tentando conseguir um compromisso do Presidente Dimtry Medvedev, de não apoiar novas sanções ao Irã. Nem somente porque Lula aproveitou a oportunidade de sua suposta "mediação" para anunciar que o Brasil estaria adiantando um crédito de mais de um bilhão de dólares ao Irã para incrementar as exportações brasileiras para o país. O negociador oficial iraniano Behrouz Alishiri teria entusiasticamente predito que o comércio Brasil-Irã iria aumentar para dez bilhões de dólares nos próximos anos.
Acima de tudo há razão para duvidar em função de numerosos sinais de que o Brasil está trabalhando em seu próprio programa nuclear. A evidência é discutida num recente trabalho do expert alemão em segurança nuclear Hans Rühle. O trabalho está disponível em inglês no German Council on Foreign Relations (leia artigo no Der Spiegel e no Atlantic-Community.org). Rühle salientou que no documento Estratégia de Defesa Nacional de 2008, o Brasil confirmou seu status como membro do Tratado de Não Proliferação Nuclear, mas também deixou claro que "o Brasil não concordará com nenhuma restrição adicional ao TNP até que as nações que possuem armas nucleares façam progresso no seu próprio desarmamento". Concretamente, segundo aponta Rühle, isto significa que o Brasil não assinará o protocolo adicional de 1997 para permitir inspeções ampliadas da AIEA e, particularmente, recusaria qualquer tentativa de clarificar o programa de seu submarino nuclear.
Hans Rühle escreveu: "Por que tanto segredo? O que haverá no desenvolvimento de pequenos reatores para propulsão de submarinos que o Brasil está tão ansioso em esconder?

Há várias décadas as maiores potências têm acesso a sistemas desta natureza. A resposta para esta pergunta é simples, mas não é fácil de admitir: nas instalações que são declaradamente para produzir combustível para submarinos, o Brasil está também, provavelmente, trabalhando em algo mais - armas nucleares."

SPIEGEL International Online - 

Nenhum comentário:

Postar um comentário