quinta-feira, 29 de abril de 2010

Irã mantém homens da Guarda Revolucionária na Venezuela, diz Pentágono


22/04/2010 - 12h28

Irã mantém homens da Guarda Revolucionária na Venezuela, diz Pentágono



da Reportagem Local
O Irã está exportando para a Venezuela vários membros de seu exército ideológico, a Guarda Revolucionária, o que implica um risco para a influência crescente das forças americanas na América do Sul, afirma documento do Pentágono enviado ao Congresso dos Estados Unidos.
"A Guarda Revolucionária Islâmica tem capacidade operacional em todo o mundo. Está bem implementada no Oriente Médio e África do Norte, e em anos recentes intensificou sua presença na América Latina, particularmente na Venezuela", explica o informe, datado de abril deste ano.
"Se os Estados Unidos aumentarem seu envolvimento nessas regiões, o contato com a Guarda Revolucionária, diretamente ou através dos grupos extremistas que apoia, será consequentemente mais frequente", adverte o texto.
O documento não dá detalhes das atividades das forças iranianas na Venezuela, mas representa o primeiro alerta em um documento oficial americano sobre as atividades paramilitares na região.
Segundo o jornal americano "The Washington Times", que cita fontes da inteligência americana, as forças iranianas estão desenvolvendo redes de terroristas na América Latina --que poderiam ser ativadas para atacar os EUA em caso de uma escalada no confronto pelo programa nuclear iraniano.
O texto é a parte liberada à imprensa de um informe completo sobre a estratégia militar do Irã, que o Pentágono deve enviar por lei todos os anos ao Congresso. O secretário de Defesa americano, Robert Gates, já acusara há um ano o Irã de "atividades subversivas" na América Latina.
O governo venezuelano rejeita as acusações e diz que sua aliança com o Irã é meramente estratégica e econômica ante o que classifica de agressividade americana.
Inimigos
O documento afirma ainda, segundo o jornal britânico "Daily Telegraph", que o Irã continua dando armas e explosivos aos militantes do grupo islâmico Taleban, para ajudá-los a matar as tropas internacionais no Afeganistão.
As forças da Guarda Revolucionária apoiariam os inimigos dos EUA, suprindo com armas, dinheiro e treinamento.
O relatório diz que as tropas iranianas não se apegam nem aos princípios islâmicos na hora de escolher os aliados. "Muitos grupos que eles apoiam não compartilham, e algumas vezes se opõe abertamente, aos princípios revolucionários iranianos, mas o Irã os apoia porque têm interesses ou inimigos em comum".
Ainda segundo o documento, citado pelo "Telegraph", as forças da Guarda Revolucionária estão em, embaixadas iranianas, instituições de caridade, culturais e religiosas que apoiam os muçulmanos xiitas.
O relatório liga as forças da Guarda Revolucionária a alguns dos piores ataques terroristas dos últimos 30 anos. Segundo o jornal britânico, a lista inclui o ataque a bomba na Embaixada dos Estados Unidos em Beirute, em 1983; o ataque a bomba em um centro judaico na Argentina, em 1994, e o ataque as Torres Khobar, na Arábia Saudita, em 1996.
Com France Presse

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