sábado, 24 de abril de 2010

Pentágono adverte presença de Guarda Revolucionária Iraniana na A.Latina

Pentágono adverte presença de Guarda Revolucionária iraniana na A.Latina

EFE
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2010/04/22/pentagono+adverte+presenca+de+gu\
arda+revolucionaria+iraniana+na+alatina+9466235.html



Washington, 22 abr (EFE).- O Pentágono advertiu ao Congresso americano sobre a
presença da Guarda Revolucionária iraniana na América Latina, em particular na
Venezuela, em um documento que foi divulgado hoje, depois de ser parcialmente
descartado.

"A Guarda Revolucionária Islâmica mantém capacidade operacional no mundo todo.
Está bem estabelecida no Oriente Médio e no Norte da África, e recentemente
aumentou sua presença na América Latina, particularmente na Venezuela", afirma o
relatório.

O documento, que data de abril de 2010, indica que, "se os Estados Unidos
ampliarem sua interferência nos conflitos nessas regiões, o contato com a Guarda
Revolucionária, diretamente ou através dos grupos extremistas que apoia, será
mais frequente".

Além disso, coloca que as forças iranianas estiveram envolvidas em alguns dos
atentados terroristas mais sangrentos das duas últimas décadas, inclusive os
ataques à Embaixada dos EUA em Beirute em 1983 e 1984 e o atentado contra a
Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em Buenos Aires, em 1994.

"O regime iraniano utiliza a Guarda Revolucionária para exercer pressão
econômica, política e militar clandestinamente nos lugares onde o Irã tem
interesses", adverte.

O Pentágono envia todo ano um documento ao Congresso no qual analisa a
estratégia militar do Irã e as previsões de suas capacidades futuras.

O Departamento de Defesa americano afirma que, nas três últimas décadas, o Irã
cultivou uma rede para patrocinar grupos terroristas como o Hamas, o grupo
radical libanês Hisbolá, os grupos xiitas iraquianos, o movimento da jihad
islâmica na Palestina e o talibã no Afeganistão.

O país asiático "utiliza o terrorismo para pressionar e intimidar outros países
e, mais amplamente, para apoiar sua estratégia dissuasória".

O Pentágono considera que a estratégia militar iraniana está voltada para se
defender contra "ameaças externas" dos EUA e de Israel. Para a Defesa americana,
o programa nuclear de Teerã "mantém aberta a possibilidade de desenvolver uma
arma nuclear".

O relatório adverte ainda que, "com suficiente ajuda estrangeira", o Irã poderia
desenvolver e testar um míssil intercontinental em 2015 com capacidade de
atingir os EUA.

"O Irã também poderia ter um míssil balístico de médio alcance com capacidade
para ameaçar a Europa", acrescenta.

Em fevereiro passado, o Irã rejeitou uma oferta dos Estados Unidos, Reino Unido
e Rússia para intercambiar combustível nuclear e ordenou a seus cientistas que
iniciem o enriquecimento de urânio a 20%, apesar das advertências
internacionais.

Além disso, anunciou a instalação de centrífugas mais potentes e a construção de
uma nova usina nuclear este ano.

Desde então, Washington tenta fazer acordos para novas sanções internacionais
para tentar frear o programa nuclear iraniano.

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